Se você é médico e não gosta de rasgar dinheiro, leia este post até o final que vai aprender a não pagar mais impostos que deveria.

Vou falar da principal forma que médicos, dentistas e diversos outros profissionais de saúde têm para pagar menos impostos, e não é com truquezinho ou esqueminha, é tudo dentro da lei!

Bem, você sabe que o governo é seu sócio, pra lá de indesejado claro, e todo mês ele vem cobrar sua parte através de impostos. O que talvez você não saiba é que há formas legais, e eu não recomendo que você faça nada ilegal, para pagar menos impostos.

Todo profissional que recebe renda não assalariada, ou seja, a maioria dos profissionais liberais, pode manter registro do livro caixa, onde são anotadas as receitas e despesas ligadas ao exercício da profissão. E algumas dessas despesas podem ser descontadas do seu imposto de renda.

A lei diz que despesas de custeio (veja bem, custeio e não investimento, como vou falar mais à frente sobre o que não é dedutível), necessárias à percepção da receita e a manutenção da fonte produtora são dedutíveis. Ou seja, aquilo que for indispensável e essa é a palavra chave, pois a lei deixa espaço para interpretação pois não cita tudo que pode e tudo que não pode.

Num exemplo rápido: você recebe R$ 50.000, se não faz livro caixa, terá que pagar imposto sobre os R$ 50.000, mas se faz o livro caixa e tem despesas dedutíveis de R$ 10.000, terá que pagar imposto apenas sobre R$ 40.000. Viu a importância? Essa diferença é dinheiro a mais no seu bolso para investir ou gastar como quiser.

Você deve estar se perguntando: como faço então meu livro caixa? Bom, a Receita Federal tem um programa para a escrituração do livro-caixa e do carnê-leão. O programa facilita bem a sua vida, fazendo os registros mês a mês e depois importando diretamente na sua declaração anual do imposto de renda.

Para fazer o livro-caixa você deve manter todas as notas fiscais e recibos. E é importante não misturar seus gastos pessoais/domésticos com os gastos profissionais ou do consultório. Peça sempre notas fiscais exclusivas dos seus gastos profissionais e é necessário que conste seu nome e CPF nelas. Ou seja, se não tem seu CPF, não pode entrar no livro-caixa.

Bem, mas quais gastos afinal são dedutíveis? Bom, os principais e mais frequentes são: 

  • Gastos com empregados, remuneração e encargos (tem que ter vínculo empregatício)
  • Custeio: aluguel do consultório, condomínio, material de limpeza, material de consumo
  • Papelaria
  • Roupas especiais (jaleco, macacão de bloco cirúrgico)
  • Literatura técnica
  • Participação em congressos
  • Entidades de classe (sindicatos, conselhos e sociedades)
  • Contador
  • ISS e taxa de fiscalização 
  • Imóvel residencial e suas despesas e telefone celular (em ⅕)
  • Publicidade e Propaganda

    Como você pode ver, são vários gastos que você pode descontar no seu imposto de renda, mas é importante observar que há limite para as deduções. Você pode deduzir, no máximo, o valor da receita mensal. Você não pode, por exemplo, receber R$ 10.000 reais em um mês e deduzir R$ 12.000 em despesas. Neste caso, você pode deduzir R$ 10.000 e os R$ 2.000 restantes podem ser somados às despesas do mês seguinte para serem deduzidas. Isso pode seguir até dezembro. O que sobrar ao final de dezembro não pode passar pro ano seguinte. 

    Agora o mais importante: o que NÃO pode ser descontado. Lembrando que a receita federal cruza várias informações e deduzir gastos não dedutíveis é um convite a levar uma bela multa.

    • Gastos com transporte
    • Leasing
    • Manutenção e reparo em imóvel próprio
    • Equipamentos permanentes (cuja vida útil ultrapasse o período de um exercício)

      Enfim, tenha em mente que se aquela despesa de custeio não for imprescindível para o desempenho da função, ela não é dedutível.

      Então, já está pronto para pagar menos impostos? Se você gostou deste post, encaminhe pra aquele seu colega que também quer pagar menos imposto. E não deixe de colocar suas dúvidas aqui nos comentários.