Uma preocupação que aflige muitas médicas e muitos médicos é de como organizar as finanças sendo autônomo, sem um salário certo no fim do mês.

Se esta também é sua preocupação, leia este post até o final que eu vou te dar 4 dicas para você começar a organizar suas finanças, mesmo sem um salário certinho.

Primeiro passo é definir metas. Você precisa ter claros os números das suas finanças pessoais e profissionais. Defina metas de receitas e despesas. Quantos pacientes você precisa atender por mês? Qual o preço da sua consulta? Ter esses números bem definidos diminui a pressão psicológica, ajudando a relaxar quando as metas forem atingidas ou a direcionar ações quando estiverem muito aquém do desejado. 

Para isso, defina sempre metas objetivas e realistas. Não adianta dizer “minha meta é atender muitos pacientes”. Muito quanto? E também não adianta dizer “minha meta é atender 1.000 pacientes”. É possível atender 1.000 pacientes em um mês? Pense num número factível, levando em conta a qualidade do atendimento. No longo prazo, é isso que vai adicionar valor à sua marca pessoal…

Segundo passo é definir sua retirada mensal, um “salário” que seu consultório, cirurgias ou plantões vão pagar para você. Defina esse valor em função do seu faturamento médio. É muito comum na profissão médica observar flutuações de faturamento ao longo do ano em função de alguma sazonalidade. Meses de férias escolares, por exemplo, têm aumento significativo em cirurgias plásticas e o inverno lota consultórios pediátricos devido a problemas respiratórios… Planejando em função do faturamento médio, você deixa uma folga para que os meses de alto faturamento cubram os meses de faturamento menor.

Terceiro ponto é constituir uma reserva de emergência. Nós já falamos sobre ela em outro post. Ela que vai garantir seu salário quando porventura não puder trabalhar ou tiver um mês com faturamento absurdamente abaixo da média, como creio que tenha ocorrido ao longo desta pandemia que enfrentamos.

Por fim, é importante separar as finanças pessoais das finanças profissionais, do consultório, por exemplo. O dinheiro do consultório é para você suprir os gastos administrativos e, principalmente, reinvestir e expandir seu negócio. Não é toda receita do seu trabalho que tem que vir pro seu bolso, senão você acaba tendo que “socorrer” seu consultório em qualquer emergência o que acaba comprometendo suas finanças pessoais.

Seguindo estes primeiros passos, você consegue equalizar suas finanças de forma bem semelhante às pessoas que têm um salário bem definido ao final do mês. Sim, é um pouco mais complexo, mas bem tranquilo de se alcançar.

Se tiver alguma dúvida, não deixe de colocar aqui nos comentários que terei o maior prazer em te ajudar.